ATA DA OITAVA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 11.12.1997.

 


Aos onze dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e sete reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães e Tereza Franco. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Anamaria Negroni, Décio Schauren, Elói Guimarães, Luiz Braz, Pedro Américo Leal e Sônia Santos. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e iniciado o período de PAUTA. Em Discussão Preliminar, esteve, em 2ª Sessão, o Projeto de Resolução nº 43/97. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou o transcurso, hoje, do Dia do Engenheiro e do Arquiteto. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib saudou o transcurso do Dia do Engenheiro e do Arquiteto. Ainda, manifestou sua contrariedade com a forma como foi encaminhada, pelo Executivo Municipal, a desocupação de área do número 1865 da Avenida Loureiro da Silva. O Vereador Isaac Ainhorn teceu considerações acerca de problemas verificados nas relações entre o Executivo Municipal, especialmente o Departamento Municipal de Habitação, e o Montepio dos Funcionários do Município de Porto Alegre, solicitando a intermediação deste Legislativo para o encaminhamento de soluções para esses problemas. Na oportunidade, o Vereador Adeli Sell solicitou cópia das notas taquigráficas do discurso do Vereador Isaac Ainhorn, solicitação deferida pelo Senhor Presidente, com a anuência do Orador. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Tereza Franco cumprimentou o Vereador João Dib pela passagem do Dia do Engenheiro. Também, manifestou sua discordância com o pronunciamento efetuado pelo Vereador Jocelin Azambuja, durante a Sessão Ordinária do dia nove de dezembro do corrente, relativo ao trabalho da Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos no atendimento aos menores carentes da Cidade. O Vereador Gerson Almeida analisou acordo firmado entre dirigentes da Força Sindical e empresários do setor automobilístico, para redução de salários e jornada de trabalho, externando a sua desconformidade com a situação econômico-social atualmente vivida pelos trabalhadores brasileiros. Na ocasião, face a Questões de Ordem dos Vereadores José Valdir, Nereu D'Ávila e Gerson Almeida, o Senhor Presidente prestou informações acerca do andamento dos trabalhos da presente Sessão Extraordinária. A seguir, a Vereadora Maria do Rosário formulou Requerimento verbal solicitando que seja verificada a autoria de informe publicitário veiculado pela imprensa, intitulado "chapéu alheio", relativo à cobrança de estacionamento nos Shopping Centers de Porto Alegre, ao que o Senhor Presidente solicitou a formulação por escrito deste Requerimento. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Antonio Hohlfeldt teceu comentários acerca do Memorando nº 127, de oito de dezembro do corrente, de autoria da Coordenadora de Recursos da Fundação de Educação Social e Comunitária, que registra a concessão de adicional de insalubridade a funcionários dessa Fundação, ressaltando que tal concessão deveria ter sido retroativa, nos termos da Lei nº 5502. Após, o Vereador Cláudio Sebenelo solicitou providências da Casa face a divulgações equivocadas dos Jornalistas Rogério Mendelski e José Barrionuevo, relativas aos trabalhos deste Legislativo e à remuneração dos Senhores Vereadores. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou sua solidariedade ao Vereador Joni Homem, da Câmara Municipal de São Leopoldo, tendo em vista agressões por ele sofridas durante a inauguração da Estação UNISINOS do TRENSURB. A seguir, constatada a existência de "quorum", foram aprovados Requerimentos dos Vereadores Clovis Ilgenfritz e Guilherme Babosa, solicitando Licenças para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossadas na vereança as Suplentes Maristela Maffei, em substituição ao Vereador Clovis Ilgenfritz, e Sonia Saraí, em substituição ao Vereador Guilherme Barbosa, informando que Suas Excelências integrarão, respectivamente, as Comissões de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos e de Economia, Finanças e Orçamento. Na oportunidade, foi apregoada declaração da Suplente Helena Bonumá, informando de sei impedimento de exercer a vereança no dia de hoje. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão manifestou sua preocupação com o andamento dos trabalhos desta Casa, principalmente no que se refere à apreciação de Projetos oriundos do Executivo Municipal, face ao pouco tempo disponível para uma análise aprofundada de tais matérias. A seguir, o Vereador José Valdir formulou Requerimento verbal solicitando cópia do pronunciamento da Vereadora Clênia Maranhão, solicitação deferida pelo Senhor Presidente, com a anuência da Oradora. Em continuidade, constatada a existência de "quorum", foi aprovado Requerimento verbal da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando alteração na ordem de votação dos Projetos constantes na Ordem do Dia. Às quinze horas e vinte e três minutos o Senhor Presidente declarou suspensos os trabalhos da presente Sessão, para reunião conjunta de Comissões Permanentes, sendo os mesmos reabertos às quinze horas e trinta e oito minutos, constatada a existência de "quorum", iniciando-se a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/97. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 192/97, por vinte e cinco votos SIM e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Tereza Franco e Maristela Maffei e tendo optado pela Abstenção a Vereadora Sonia Saraí. Na ocasião, o Vereador Pedro Américo Leal registrou visita efetuada hoje pela manhã ao Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, como integrante da Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 202/97, por vinte e cinco votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Tereza Franco, Maristela Maffei e Sonia Saraí. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 203/97, por vinte e sete votos SIM, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Tereza Franco, Maristela Maffei e Sônia Saraí. Na ocasião, o Senhor Presidente registrou as presenças dos Vereadores Luis Carlos Costa, Messias Gomes Silveira e Luiz Alves da Rosa, da Câmara Municipal de Cubatão/SP. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 205/97, por vinte e oito votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Anamaria Negroni, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Maristela Maffei e Sonia Saraí. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 206/97, por vinte e sete votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Maristela Maffei e Sonia Saraí. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 42/97, por vinte e seis votos SIM, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Motta, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Maristela Maffei e Sonia Saraí. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo nº 18/97. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 02/97, por vinte e cinco votos SIM, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Motta e Clênia Maranhão, tendo votado os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Maristela Maffei e Sonia Saraí. Na oportunidade o Senhor Presidente congratulou-se com o Jornalista Renato Saralegui, pelo recebimento de prêmio da área dos direitos humanos. Em Votação Nominal, 2º Turno, foi aprovado o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 03/97, por vinte e seis votos SIM e dois votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores João Dib, Isaac Ainhorn e Décio Schauren, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cláudio Sebenelo, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Maristela Maffei e Sonia Saraí e Não os Vereadores João Dib e Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 22/97, por vinte e três votos SIM, dois votos NÃO e três ABSTENÇÕES, após ser encaminhado à votação pelos Vereadores Fernando Záchia, Maria do Rosário, Reginaldo Pujol e Lauro Hagemann, em votação nominal solicitada pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antonio Hohlfeldt, Cláudio Sebenelo, Cyro Martini, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, João Motta, Juarez Pinheiro, Luiz Braz, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Sônia Santos, Maristela Maffei e Sonia Saraí, Não os Vereadores José Valdir e Lauro Hagemann e tendo optado pela Abstenção os Vereadores Carlos Garcia, Elói Guimarães e Maria do Rosário. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a presença do Deputado Estadual e ex-Vereador Valdir Fraga. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 167/96 e a Emenda nº 02 a ele aposta, após serem discutidos pelos Vereadores Reginaldo Pujol, Juarez Pinheiro e Renato Guimarães e encaminhados à votação pelo Vereador Elói Guimarães. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 153/97 e a Emenda nº 01 a ele aposta, após terem sido discutidos e encaminhados à votação pelo Vereador Gerson Almeida. Na oportunidade, face à solicitação do Vereador Gerson Almeida, de encerramento dos trabalhos da presente Sessão para reunião de Comissões Permanentes, o Senhor Presidente informou que tal ocorrerá após a votação dos Requerimentos. Foi rejeitado Requerimento do Vereador Fernando Záchia, solicitando a renovação da votação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 24/97, por treze votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Anamaria Negroni, Carlos Garcia, Clênia Maranhão, Cyro Martini, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, João Carlos Nedel, João Motta, Luiz Braz, Sônia Santos, Tereza Franco e Sonia Saraí e Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Cláudio Sebenelo, Décio Schauren, Elói Guimarães, Hélio Corbellini, João Dib, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Renato Guimarães e Maristela Maffei. Foi aprovado Requerimento do Vereador Gerson Almeida, solicitando renovação da votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 04/95, por dezesseis votos SIM, treze votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Antonio Hohlfeldt, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Anamaria Negroni, Antônio Losada, Carlos Garcia, Cyro Martini, Décio Schauren, Gerson Almeida, João Motta, José Valdir, Juarez Pinheiro, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Maristela Maffei e Sonia Saraí, Não os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Hélio Corbellini, Isaac Ainhorn, João Carlos Nedel, João Dib, Luiz Braz, Pedro Américo Leal, Sônia Santos e Tereza Franco e optado pela Abstenção o Vereador Pedro Ruas. Às dezoito horas e quatro minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Reginaldo Pujol, Paulo Brum e Carlos Garcia e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum, Carlos Garcia e Adeli Sell, este como Secretário "ad hoc". Do que eu, Paulo Brum, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Passamos ao período de

 

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

2ª SESSÃO

 

PROC. 3706/97 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 043/97, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Resolução nº 1127, de 21 de novembro de 1991, que estabelece o regulamento para substituições temporárias de titulares de cargos em comissão e funções gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre, aumentando a área de recrutamento para substituições de titulares de cargos em comissão em licença de repouso à gestante e à puérpera e dando outras providências.

 

 

O SR. PRESIDENTE: Temos em Pauta para Discussão Preliminar, na Sessão de hoje, o Projeto de Resolução nº 43/97, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Resolução nº 11/27 de 21 de novembro de 1991, que estabelece o regulamento para as substituições temporárias de titulares de cargos em comissão e funções gratificadas da Câmara Municipal de Porto Alegre, aumentando a área de recrutamento nas substituições de titulares de cargos em comissão, em licença de repouso à gestante à puérpera e dando outras providências.

É o único assunto da Pauta dos trabalhos. Não tenho, até o presente momento, nenhuma inscrição para participação da Pauta, está encerrada a Pauta.

Sou socorrido pelo nosso diligente colega Ver. João Carlos Nedel que me alerta que hoje é o dia do Engenheiro e do Arquiteto, razão pela qual cumprimento os engenheiros da Casa, o Ver. Fernando Záchia, o nosso companheiro Clovis Ilgenfritz que está licenciado uma vez que continua cuidando do seu genitor na cidade de Ijuí. Recebam as nossas homenagens pelo Dia do Engenheiro e do Arquiteto.

O Ver. João Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, realmente, hoje, dia 11 de dezembro, é o Dia do Engenheiro e eu saúdo todos os meus colegas. Mas não poderia deixar de usar a tribuna, neste dia, para agradecer aquele Sr. Secretário Municipal de Obras e Viação, que também tive a honra de ser, porque hoje ele me mandou uma informação que a dispensava, com toda a tranqüilidade, se não a tivesse mandado. Mas, o Dr. Estilac me mandou um recado, Sr. Embaixador, de que na área desocupada ontem violentamente estava tudo sob controle. Os pobres retirados à força pela máquina da Prefeitura estavam sendo atendidos por aquele que teve a liminar cassada. Ora, o Dr. Estilac perder o seu magnifico e precioso tempo para falar com este engenheiro que também foi Secretário de Obras, mas que é humano. O Dr. Estilac foi desumano. Não deveria ter me telefonado. Falei duas vezes com ele ontem, pedi, implorei e não fui atendido. O Dr. Prefeito me atendeu muito corretamente ao telefone, mas também não me respondeu. Eu disse para ele da urgência. Agora, há Vereadores nesta Casa que, se me aparecerem na tribuna para solicitar solidariedade para os sem-terra, para os que fazem jejum, vão ouvir aquilo que deveriam ouvir sempre. Estou lembrado que, recentemente, mais de duas dezenas de Vereadores foram dar cobertura para aqueles que faziam greve de fome e eram sem-terra. Quando os municipários fizeram greve de fome na frente da Prefeitura, eu não vi nenhum movimento para socorrê-los. Ontem, profundamente triste, vi que também os desalojados pela violência da Prefeitura do PT também não eram socorridos pela Bancada do PT, em especial. Isso me causa profunda tristeza, e eu já estava cuidando das minhas feridas e das minhas mágoas do dia de ontem, e o Sr. Secretário, para mostrar trabalho, competência - e o pior de tudo é que eu gosto dele. Acho ele um bom engenheiro, uma boa pessoa - mas ele perdeu a oportunidade de ficar quieto. Ele deveria ter falado nas duas vezes em que solicitei atenção ontem, e ele não me deu. Hoje ele foi me contar o que eu sabia melhor do que ele. Eu sabia até onde estão as pessoas. Essa desumanidade vai ser registrada sempre e todas as vezes que eu puder porque aqueles mesmos que pedem que as decisões de reintegração de posse sejam sustadas, adiadas, deitam no chão, botam criancinhas na frente da Polícia Militar, provocam a Polícia Militar foram os que não aceitaram nenhum tipo de consideração. É importante que se diga: se um dos moradores, agravando a decisão de liminar, conseguiu permanecer no local, é que ele tinha argumentos. Os outros também tinham, tinham as matrículas dos imóveis, tinham tudo. Mas a Prefeitura do PT, que faz melhor do que aqueles que condena aquilo que ela condena, quer dizer, agride, é má, é impiedosa. Sou grato a todos. Saúde e paz. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Venho à tribuna neste momento, em nome da Bancada do PDT, mais do que pela mera preocupação com a denúncia, para fazer um apelo, no sentido de que haja uma resolução frente ao impasse que se criou nas relações do Executivo, especialmente do Departamento Municipal de Água e Esgotos com o Montepio dos Funcionários Municipais.

Há quase seis meses os recolhimentos da contribuição dos funcionários do DMAE estão sendo feitos pelo DMAE, porque é uma contribuição previdenciária, necessária para o pagamento das pensionistas do Montepio, e o DMAE não repassa o dinheiro recolhido dos funcionários ao Montepio. E mais: o Montepio tem sido, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a tábua de salvação nos momentos difíceis dos funcionários municipais, concedendo empréstimos a taxas irrisórias, sobretudo frente às praticadas pelo mercado financeiro, taxas mais baixas do que as taxas de hoje do PORTOSOL, instituição de atendimento a micro e pequenos empreendedores. No entanto, Ver. Reginaldo Pujol, os empréstimos feitos pelo Montepio aos funcionários do Município têm sido descontado pelo DMAE de seus funcionários e não têm sido repassado ao Montepio.

Ensejou, inclusive, uma ação que já se encontra em juízo, e o dinheiro não é pouco, cerca de R$ 1 milhão e 600 mil, que o DMAE, indevidamente, retém do Montepio, dinheiro recolhido dos funcionários. Do próprio dinheiro do Montepio que foi emprestado aos funcionários do DMAE e não foi repassado ao Montepio.

Há cinco meses vem se dando essa ocorrência completamente irregular que tem um nome no Código Penal. Os juristas e os advogados podem fazer as suas avaliações. E não precisa, Ver. Adeli Sell, ser um grande jurista ou um grande advogado para entender que o dinheiro recolhido dos funcionários, que pertence ao Montepio, e o DMAE, indevida e irregularmente, retêm esses recursos, há designação do tipo penal qualificado a situações como essa. Apenas 15% de R$ 1 milhão e 600 mil é o recolhimento do DMAE e o resto é o dos funcionários de pagamento de empréstimos.

Em função dessa situação, pensionistas poderão sofrer atraso, sobretudo aqueles ligados ao DMAE, e os funcionários do DMAE, daqui a pouco, terão seus empréstimos quitados e irão fazer um novo empréstimo, porque é uma válvula de escape do funcionário público municipal. E como esse dinheiro não retorna ao Montepio, os empréstimos vão se encerrar, e os funcionários do DMAE irão ao Montepio e lá não conseguirão empréstimos, porque a quota correspondente ao DMAE está retida pelo DMAE, mas, daí, o funcionário não vai entender. Como vai se dar essa retenção indevida de recursos?

Por essa razão, nós trazemos esse fato ao conhecimento da Bancada governista desta Casa para que tome uma posição em relação a esse fato. E que o Sr. Dieter Wartchow explique as razões pelas quais ele está retendo dinheiro que não é seu. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. ADELI SELL (Requerimento): Eu requeiro as cópias do pronunciamento do Ver. Isaac Ainhorn, para fazer os devidos encaminhamentos.

 

O SR. PRESIDENTE: Com o assentimento do Ver. Isaac Ainhorn, V. Exa. pode contatar com a Diretoria Legislativa, que irá satisfazê-lo.

Passo a palavra à Vera. Tereza Franco, para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. TEREZA FRANCO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e demais presentes. Estou ocupando este tempo de Comunicação de Líder, em primeiro lugar, para cumprimentar o Ver. João Dib pelo Dia do Arquiteto, a quem tenho muito respeito.

Em segundo lugar, para falar sobre direitos humanos, pois ontem foi o dia dedicado aos direitos humanos. Sinto em dizer que colegas da minha Bancada, ontem, "baixaram o pau" em mim aqui. Porque eu, sendo da Comissão de Direitos Humanos, ontem o meu colega, Ver. Jocelin Azambuja, disse que a Comissão não fazia nada, e eu sou a Vice-Presidente da Comissão de Direitos Humanos. Eu sei que nós trabalhamos muito durante todas as semanas e, por isso, me sinto injustiçada. O que o Ver. Jocelin Azambuja cobrou foi providências para aquelas crianças que estão alí na Avenida Ipiranga limpando os vidros dos carros ou vendo diversas coisas. É pena que o Vereador não esteja presente, mas vou falar da mesma maneira, porque, se eu não falar agora, não terei outra oportunidade de fazê-lo. Ontem eu falei com ele sobre isso. Então eu perguntei para ele:" Vereador Jocelin, há quantos anos o senhor atua politicamente?" Ele me respondeu: "Nega, eu estou há quase seis anos na Vereança." Então eu lhe disse: "O que V. Exa. não fez em cinco ou seis anos quer que a Nega faça em menos de um ano? Uma andorinha só não faz verão.”

Então eu vim à tribuna porque estou magoada, e a Presidente da Comissão de Direitos Humanos sabe que a Nega trabalha junto todo o tempo. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu quero usar a tribuna na condição, inclusive, de dirigente sindical, militante sindical da área de telecomunicações que, durante muitos anos da sua vida, como tantos outros companheiros do Partido dos Trabalhadores e de outros partidos, ajudou a construir ou reconstruímos o movimento social em nosso País.

Eu gostaria de fazer esse registro porque hoje estamos diante de uma situação muito atípica, em que um dos setores de ponta do movimento dos trabalhadores de nosso País, o setor metalúrgico, acabou de assinar um acordo no qual aceita a redução da jornada de trabalho e a redução de salários. Digo isso independentemente de qualquer outra coisa, de concordarmos ou não com essa saída, essa estratégia dos dirigentes sindicais que propuseram que a categoria aceitasse essa proposta, não é isso que eu quero discutir. O que queremos é registrar o inusitado da situação por que passam os assalariados de nosso País, que estão condenados, a ver aumentado o nível de desemprego, que já é surpreendentemente alto inclusive tendendo a se ampliar no próximo ano, segundo expectativas até mesmo de economistas que são os formuladores da atual política econômica.

Vê-se aumentar o desemprego de forma assustadora. Ao mesmo tempo, isso acaba exercendo o papel de uma espada de Dâmocles sobre a cabeça dos assalariados; os que estão empregados têm que quase se subjugar, quase se ajoelhar diante do empregador, e não só ver reduzida a sua jornada de trabalho como ver serem reduzidos os seus salários, sem que, de outra parte, haja, nesse contrato quase draconiano, qualquer compromisso de manutenção do nível de emprego atual. O acordo feito foi que durante quatro meses será mantido o nível de emprego. Não há nenhum outro compromisso. Chamo a atenção para esse fato, porque, independentemente de posições políticas em relação ao Projeto que está em curso no País e no mundo, isto deve preocupar a todos os homens, a todo dirigente, a toda mulher pública: a situação dramática por que passa a economia, as relações sociais, as relações de trabalho e todo o conjunto de relações sociais que constitui o tecido político democrático e o tecido político social.

Propostas de redução de salário até então jamais tinham tido trânsito social, trânsito político que lhes permitisse ganhar a força que tiveram agora, inclusive tornando-se realidade. Elas sempre vinham sendo ventiladas como possibilidades, mas nunca o setor patronal teve força política para fazer isso. Não tenho, naturalmente, uma proposta contra isso, e nem gostaria de aqui transitar por esse caminho, mas devo registrar as condições de precariedade neste diálogo entre trabalhadores e patrões, onde há uma negociação radicalmente desfavorável para um lado deste contrato, o lado dos trabalhadores. Sei que muitos irão dizer: os trabalhadores do Executivo Municipal também têm críticas. Tudo bem, ouço isso todos os dias. Mas quero dizer que propor redução da jornada de trabalho com redução dos salários, como uma espada - ou então haverá 10 mil, 20 mil, 40 mil demissões -, é algo que, socialmente, é draconiano e que nós temos que registrar, porque, sem dúvida nenhuma, isso tende a abrir todo um leque, no próximo período, de situações como essa, criando pânico e uma condição desfavorável para todo os segmentos assalariados e populares do nosso País. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

 O SR. JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu gostaria que me informassem o que é que aconteceu com os meus Projetos. Na manhã de ontem os meus Projetos, o do Sistema Municipal de Ensino e o das Remoções, constavam na Ordem do Dia, sendo que o das remoções, na parte da manhã, era o terceiro na ordem de votação, passou para primeiro na parte da tarde, não foi votado e desapareceu. Dos cerca de dez Projetos que eu apresentei este ano, são os únicos dois Projetos que eu gostaria de ver votados por esta Casa, derrotados ou aprovados. A maioria dos Vereadores já teve seus Projetos votados nesta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa esclarece que V. Exa. tem de conversar com a Liderança do seu Partido, porque a Ordem do Dia foi combinada democraticamente com todas as Lideranças das Bancadas com assento nesta Casa. A Liderança do seu Partido é que vai esclarecer os critérios, pois quem advogou os interesses dos Vereadores foi o Líder de cada Bancada.

 

O SR. NEREU D'ÁVILA (Questão de Ordem): Eu não posso deixar de responder. Pelo princípio da eqüidade, ele acusou praticamente a reunião das Lideranças de hoje de manhã. E nós assentamos em cima de critérios. Como nós tínhamos 31 Projetos para votar, entre quinta-feira, sexta-feira e segunda-feira, priorizamos e votamos. E, nessa votação, a Bancada do PT e sua Liderança também votam, com o Ver. José Valdir, mas ficaram excluídos os dois Projetos, por impossibilidade de tempo, com a condição responsável de, em Sessão Extraordinária, ainda em dezembro ou janeiro, os dois serem apreciados. Essa foi uma decisão democrática, por maioria, e espero que o companheiro José Valdir, democrata que é, aceite.

 

O SR. JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu até posso entender, embora não concorde, que isso acontecesse com o Projeto do Sistema Municipal. Mas com o outro não tinha por que não haver nenhuma contestação, esse passou por todas as Comissões, há Emendas dos Vereadores, o Projeto das Remoções sumiu da Ordem do Dia! Então, não posso concordar com o fato de eu não ter a possibilidade de ver um Projeto apreciado por esta Casa, sendo que apresentei a esta Casa cerca de dez Projetos. Eu não posso aceitar isso!

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Nobre Ver. José Valdir, em respeito e atenção a V. Exa., a Presidência adotou o critério da Sessão Extraordinária, nesta tarde, com o objetivo de apreciar os Projetos menos polêmicos. Os Vereadores Carlos Garcia e Reginaldo Pujol, em nome da Mesa Diretora, hoje, pela manhã, reuniram-se com as Lideranças desta Casa. Portanto, o Projeto não se acha excluído. Houve, isto sim, uma Pauta estabelecida de Projetos não-polêmicos.

Logo após ouvir a manifestação do Líder da Bancada do PT, Ver. Gerson Almeida, concederei a palavra ao Ver. Carlos Garcia, que se esforçou muito em adequar os trabalhos da Ordem do Dia da tarde de hoje.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, esclareço que a Bancada do Partido dos Trabalhadores está plenamente comprometida com a discussão que fizemos com todas as Lideranças, até o dia 10 levaremos o Projeto em debate para a Pauta. O acordo sobre o Projeto das Remoções é de que será apreciado na Pauta de segunda-feira. Esse foi o acordo das Lideranças.

 

O SR. PRESIDENTE: Com bom senso, nós haveremos de resolver tudo, Ver. Gerson Almeida e Ver. José Valdir.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (Requerimento): O meu Requerimento, com base no artigo 94, será feito oralmente, em que pese V. Exa. poder solicitá-lo por escrito. Hoje, os nossos jornais de grande circulação apresentam um informe publicitário que não tem qualquer assinatura, sob o título "Chapéu Alheio", sobre matéria discutida na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, fazendo graves acusações aos Vereadores daquela Cidade. E nós temos uma matéria semelhante, um Projeto desta natureza, tratando acerca da proibição de cobrança de estacionamento nos "Shoppings". Ocorre que, na medida em que não tem assinatura, não sabemos de quem buscar a responsabilidade por dizer que só a ignorância, a demagogia e o desejo de aparecer justificam a teimosia e que, fora disso, só há suspeita de que desejam um agrado dos empresários. Eu me sinto atingida, como autora do Projeto, acho que é um absurdo que se tratem Vereadores como pessoas que estejam buscando agrados dos empresários. Como esta matéria não tem assinatura, deveria, por parte desta Câmara Municipal, ser buscado junto aos jornais que os informes publicitários fossem assinados. Como, aliás, me parece estar presente na Lei de Imprensa, na medida em que aqueles que firmam determinada opinião devem ser responsáveis por ela perante toda a opinião pública da sociedade. Portanto, eu solicitaria à Casa, e o faço através de Requerimento, que buscasse informações precisas sobre quem publica matéria desta natureza, para que possa reivindicar que isso não permaneça desta forma e que haja o desagravo acerca da matéria que estou discutindo e que não está na nossa pauta, mas que foi amplamente divulgada nos jornais. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa solicita a V. Exa., em face da gravidade do tema e da natural complexidade que a matéria tem, embora possa receber já o seu Requerimento, que faça a gentileza de formalizá-lo por escrito. A Mesa receberia o Requerimento e daria o devido andamento para que esta matéria pudesse vir a ser apreciada pelo Plenário desta Casa. A Mesa lembra aos Srs. Vereadores que há um Vereador inscrito no período de Comunicação de Líder, que é o Ver. Antonio Hohlfeldt. A Mesa apela aos Srs. Vereadores que usem os microfones de aparte, uma vez que os da tribuna não estão funcionando, para matérias que envolvam questões de Requerimentos Regimentais e Questões de Ordem.

O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero registrar com meia alegria, e já vou dizer por que, é o Memorando nº 127 de 08 de dezembro de 1997, Ver. José Valdir, da Coordenadora de Recursos Humanos da Fundação da Educação Social e Comunitária. Eu digo meia alegria, porque nesse memorando se comunica aos funcionários nos abrigos da FESC, da casa de passagem, da Previdência de que, a partir da perícia e o laudo elaborados, todos os funcionários detentores de cargos de monitor, auxiliar de enfermagem e auxiliar de serviços gerais, a partir de 27 de novembro do corrente ano, passam a receber um adicional de 20% sobre o vencimento básico estatutário.

Eu digo meia alegria, Sr. Presidente, porque esta vitória é alegre. Foi exatamente a mesma situação que, alguns meses atrás, eu trouxe a esta Casa como denúncia, que a FESC tentou, em parte, negar, mas, na verdade, acabou confirmando, pois cumpriu a lei voltando atrás.

Mas eu digo meia alegria, Ver. Nereu D'Ávila, porque, em primeiro lugar, só se está dando a insalubridade ao monitor, ao auxiliar de enfermagem e ao auxiliar de serviços gerais, quando outros funcionários da FESC, dos mesmos abrigos, deveriam igualmente ter direito a esse adicional.

E por outro lugar, parece que numa continuidade de perseguição, há funcionários que tiveram coragem de trazer até nós as denúncias, fazem valer o adicional apenas a partir do dia 27 de novembro, Ver .Antônio Losada, quando a Lei 5502 de 30/11/84, no seu artigo 18, parágrafo 1º e 2, é taxativa. A aplicação da insalubridade é retroativa ao período em que o processo foi encaminhado.

Então aqui nós temos, de novo, dois pesos e duas medidas de alguns segmentos da Administração Municipal. Na hora do discurso, viva o trabalhador! Na hora da prática, pau no trabalhador! E se não é pauleira física é uma pauleira muito pior: é a do descumprimento da legislação e do desrespeito na aplicação da legislação, dos direitos do funcionalismo.

Fica, aqui, o meu protesto e a minha expectativa de que a Direção da FESC cumpra a Lei nº 5.502, sobretudo o art.18 nos seus parágrafos 1º e 2º, e faça com que os pagamentos de insalubridade sejam retroativos - isso tem base legal.

Uma segunda coisa: eu espero que a Direção da FESC não exija dos funcionários que não estão contemplados nesse memorando tenham que iniciar outro longo processo para tentar buscar o cumprimento dos seus direitos.

Por isso eu dizia "meia felicidade": porque se venceu uma luta importante, mas, apesar da vitória, a FESC teima em descumprir leis. Agora, discursos como aqueles que se publicam no Diário Oficial do Prefeito continuam "às pampas": viva o funcionalismo desde que ele não reivindique os seus direitos.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO (Requerimento): O meu Requerimento se divide em duas partes. Primeiro quero registrar um comentário - não fui eu que ouvi; uma pessoa me informou sobre ele - feito, hoje pela manhã, pelo conceituado jornalista Rogério Mendelski. Disse ele que uma ouvinte telefonou para a rádio e falou que os Vereadores estariam "empurrando com a barriga" os assuntos, para serem aquinhoados, posteriormente, com convocação extraordinária, recebendo "jeton". Houve uma crítica por parte do comentarista em cima dessa denúncia.

Segundo fato é de que, hoje, o também conceituado jornalista Barrionuevo faz uma referência à Câmara Municipal no que diz respeito às filmagens de televisão que ocorrem nesta Casa.

Como Requerimento fundamental pedimos providências da Mesa, enviando correspondência a esses conceituados jornalistas no sentido de resolver estas situações.

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa tomará providências. Evidentemente o juízo de avaliação do jornalista ou de qualquer cidadão em relação as atividades parlamentares nossas, nos submetemos as críticas, é uma prerrogativa que eles têm.

No entanto, não existe convocação extraordinária com ônus para a Câmara Municipal de Porto Alegre. Por força da Lei Orgânica, em qualquer hipótese de convocação extraordinária desta Casa, o Vereador não faz jus a nenhum valor a mais daquilo que são seus subsídios parlamentares normais.

Esta Presidência tomará os devidos encaminhamentos para esclarecimento no mesmo programa. Tenho certeza de que o jornalista o fará, porque eles são jornalistas extremamente conceituados e com a melhor das intenções.

O Ver. Lauro Hagemann diz que já se deveria saber disso, porque faz oito anos que a Câmara Municipal, em função da Lei Orgânica da Cidade de Porto Alegre, não recebe valor nenhum a maior em função de convocação extraordinária, seja convocada pela Casa, pela Mesa, pelo Prefeito. Fui o autor da inserção desse dispositivo.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Tenho certeza de que a iniciativa da Mesa vai repor a verdade dos fatos, é imprescindível que a Mesa tome as providências. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, é muito difícil eu utilizar a tribuna para Comunicação de Líder para tratar de temas político-partidários. Inobstante essa minha posição, no dia de hoje sinto-me compelido a, de público, oferecer a minha solidariedade ao Ver. Joni Homem, do PFL de São Leopoldo, que, na última terça-feira, cometeu a insanidade de entender que a democracia pode ser vivida na plenitude. Juntamente com jovens liberais de São Leopoldo e Novo Hamburgo, ousou ostentar uma faixa em que aplaudia o Presidente Fernando Henrique Cardoso, quando da inauguração da Estação UNISINOS do TRENSURB. Lamentavelmente a imprensa nacional registra a conseqüência dessa sua ousadia. Foi motivo de tortura medieval, sendo desestimulado no seu ato democrático de manifestar a sua simpatia pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo fato político-administrativo que ali ocorria. Foi desestimulado por pessoas que queimaram seus braços e seu corpo com pontas de cigarros, numa atitude de barbárie, que certamente não há de ser aplaudida por ninguém que entenda que no jogo democrático está a solução política de uma nação civilizada.

Gostaria de, Sr. Presidente, neste momento, dado que isso é um fato que a imprensa do Rio Grande do Sul não deu a ênfase que foi dada pela imprensa nacional, publicamente, manifestar, de um lado a minha solidariedade ao Ver. Joni Homem, e ,de outro, a minha tristeza de que no Rio Grande do Sul, que é um Estado onde todos nós proclamamos o nível de politização, ainda exista clima para esse tipo de radicalismo, para esse tipo de obscurantismo que busca pela intimidação física obstar que grupos políticos, pessoas, indivíduos possam livremente demonstrar as suas preferências, convicções, suas posições. Eu acho que o acirramento da luta política, da luta ideológica, da luta doutrinária é até conveniente quando ela é feita do plano ético, do plano das idéias, dos planos das posições e nunca quando ela desce a esse nível da intimidação física e que vai inclusive à prática de atos de barbárie, medievais, que eu acreditava que não tinham mais lugar dentro do quadro político do Rio Grande do Sul, dentro do quadro político brasileiro. Como toda ação provoca uma reação no sentido igual e contrário, eu estou fazendo essa denúncia da prática desses atos, porque certamente isso está causando indignação. E o que se resolveu de forma razoavelmente confortável com a separação dos grupos que se digladiavam nessas condições na estação UNISINOS do TRENSURB, poderiam ter ocasionado balbúrdias de maior conseqüência, o que certamente seria o desejo daqueles que utilizaram da força e da intimidação para tentar obstar a manifestação dos jovens liberais, dos integrantes do Partido da Frente Liberal de Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia, que por serem solidários com o Presidente Fernando Henrique, por entenderem que o trabalho que ele vem fazendo, especialmente em apoio a ampliação do TRENSURB é algo que merece aplausos, lá encontravam-se portando uma faixa que simplesmente agradeciam ao Presidente da República o apoio que tinham dado a essa obra. Por esse fato eram acoimados de pelegos e porque não aceitaram esse tipo de provocação foram simplesmente intimidados dessa forma dantesca, superada, ultrapassada, por aqueles que entendem que o jogo democrático tem que se dar no campo das idéias, do debate civilizado e não com gestos de intimidação física.

Por isso, Sr. Presidente, eu estou aqui usando a tribuna para uma Comunicação de Líder para dar o meu apoio ao Ver. Joni Homem e aos seus amigos para protestar que ainda existam no Rio Grande pessoas que entendo que podem impor posições ideológicas através da imposição física. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje.

Requerimento, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje.

 

(Obs.: Foram aprovados os Requerimentos de licença dos Vereadores Clovis Ilgenfritz e Guilherme Barbosa e dada posse aos Suplentes, conforme consta na Ata.)

 

A Vera. Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Senhor Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, quero externar duas preocupações que acho da maior importância a esta Casa. Uma refere-se ao andamento específico do nosso trabalho, que é sobre esse período de final de ano, quando sempre, na Câmara Municipal de Porto Alegre, nós trabalhamos além do dia 15, em geral chegando até o dia 22 ou 23 de dezembro. Fazemos, normalmente, Sessões Extraordinárias, para cumprir a nossa obrigação de Vereador, apreciando o conjunto de Projetos que são do interesse da cidade. Essa é a nossa obrigação. A Câmara tem cumprido isso através de Sessões Extraordinárias, através de Sessões em dias alternados, quando trabalhamos nas Comissões Técnicas. Por isso, a preocupação que quero trazer aqui é em relação ao número de Projetos do Executivo, que têm sido apresentados, que são extremamente polêmicos e que exigem desta Casa um estudo muito aprofundado. Recentemente, aprovamos uma modificação na Secretaria da Saúde, uma modificação necessária para a cidade, tendo em vista as modificações no sistema de saúde que Porto Alegre vive hoje. Porém, era importante termos discutido muito mais aquela questão, tendo em vista a importância da saúde para a população da Cidade. Encontra-se, ainda, em discussão, uma série de Projetos que mexem com a vida dos porto-alegrenses e que nós, do Poder Legislativo, temos que trabalhar com eles de uma forma que a aprovação não se constitua um problema futuro para o porto-alegrense. Estamos recebendo um Projeto, e para mim causa muita estranheza e preocupação, que é o Projeto apresentado pelo Ver. José Valdir, que modifica o sistema municipal de educação no município de Porto Alegre. Temos também a discussão sobre a reforma da Secretaria Municipal dos Transportes. Eu tomei conhecimento de que vai entrar em caráter de urgência a modificação ou a extinção da EPATUR. Tem ainda um Projeto que modifica a legislação tributária desta Cidade.

Nós, Vereadores, temos que fazer uma análise aprofundada das condições reais de estudo desses Projetos para que este Legislativo cumpra a sua função democrática de representante da população e não, apenas siga, de forma atropelada, os interesses do Executivo de Porto Alegre.

As reuniões de Lideranças são necessárias, são fundamentais, mas elas têm que se preocupar com as propostas de pauta, também, para que não haja atropelamento e o desrespeito ao processo democrático. Essa discussão tem que passar pelo conjunto de Vereadores desta Cidade, porque os trinta e três que estão aqui representam o conjunto da população e, portanto, têm a responsabilidade política de trabalhar de uma maneira democrática e participativa, no conjunto dessa decisão política.

Outra questão que quero trazer é o problema que foi trazido ao meu gabinete através de alunos e professores da Escola Municipal de 1º Grau da Vila Monte Cristo. É extremamente preocupante, porque Porto Alegre, até hoje, não assumiu sua responsabilidade em relação ao ensino de 1º grau. Se Porto Alegre ainda não assumiu essa responsabilidade, definida pela Legislação Federal, como é que nós vamos poder votar uma Legislação que modifica o Sistema Municipal de Educação? Como é que nós podemos fazer isso, quando hoje, em Porto Alegre, uma Escola Municipal da Vila Monte Cristo teve uma redução de 50% nos quadros dos seus professores no momento em que a sociedade porto-alegrense tem que exigir da Prefeitura e da sua Secretaria de Educação a ampliação do número de vagas, e uma definição política do Sistema Municipal de Educação, discutido através do Executivo, do Legislativo e da Comissão de Educação e Cultura, que é uma Comissão técnica desta Casa. Temos que acompanhar o conjunto das políticas que estão sendo desenvolvidas nessas escolas, porque isso, além de se constituir em uma arbitrariedade, se constitui em um desrespeito à educação e às crianças desta Cidade. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

 

O SR. JOSÉ VALDIR (Requerimento): Requeiro as cópias taquigráficas do pronunciamento da Vera. Clênia Maranhão.

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Clênia Maranhão informou que com prazer concede as cópias taquigráficas da sua Comunicação de Líder em nome do Partido do Movimento Democrático Brasileiro.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Requeiro que sejam votados, em primeiro lugar, na Ordem do Dia, os Projetos números:

PLL nº 175/97 - Proc. nº 3031/97, PLL nº 192/97 - Proc. nº 3300/97, PLL nº 202/97 - Proc. nº 3450/97, PLL nº 203/97 - Proc. nº 3454/97, PLL nº 205/97 - Proc. nº 3488/97, PLL nº 206/97 - Proc. nº 3530/97, PLL nº 042/97 - Proc. nº 3680/97.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. Requerimento da Vera. Clênia Maranhão.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Estão suspensos os trabalhos para reunião conjunta das Comissões para exame dos Projetos que se encontram em regime de urgência.

 

(Suspende-se a Sessão 15h23min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum - às 15h38min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3031/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 175/97, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que denomina Travessa da Luz um logradouro irregular no Bairro Passo da Areia.

 

Parecer

- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 175/97 - Proc. nº 3031/97. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3300/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 192/97, de autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Oswaldo de Lia Pires.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - Art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia nos termos do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Em discussão o PLL nº 192/97 - Proc. nº 3300/97. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM, e 01 ABSTENÇÃO.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL (Esclarecimento): Queria dizer a esta Casa que estive hoje das 8h30min às 10h30min da manhã, no Pronto Socorro, fazendo uma visita, não posso dizer técnica, mas de inspeção e de afeto, para me inteirar sobre o que é que há. Devidamente credenciado pelos componentes da minha Comissão, entre os quais a Presidenta Sônia Santos, fiz essa visita para me inteirar de toda essa série de notícias que estão saindo sobre o Pronto Socorro, com o qual, na verdade, esta Casa tem muito o que ver. Estou à disposição desta Mesa para esclarecimentos. Ponho à disposição da Mesa essas duas horas em que estive lá percorrendo o Pronto Socorro , me inteirando do que há, de fato, naquela casa, porque é, na verdade, uma casa muito importante. Qualquer dúvida que paire sobre o Pronto Socorro é uma dúvida que paira sobre Porto Alegre.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3450/97- PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 202/97, de autoria do Ver. João Motta, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre a Marco Antônio Figueiredo Luz (“Fughetti Luz”). Urgência.

 

Parecer Conjunto

- da CCJ e da CECE. Relator-Geral Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - Art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 202/97 - Proc. nº 3450/97. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3454/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 203/97, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Ângelo Gerace. Urgência.

 

Parecer Conjunto

- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 203/97. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Apenas para consignar, Sr. Presidente, que 27 votos "sim" é a unanimidade dos presentes.

 

O SR. PRESIDENTE: Está consignado.

Registramos as presenças, nesta Casa, dos Vereadores Luiz Carlos Costa, do PSDB, Messias Gomes Silveira, do PT e Luiz Alves da Rosa, do PTB, todos da Cidade de Cubatão/SP. Essa Casa sente-se honrada de mostrar a V. Exas. o funcionamento e a estrutura do Legislativo de Porto Alegre.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3488/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 205/97, de autoria do Ver. Hélio Corbellini, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Bacharel Antônio Cechin. Urgência.

 

Parecer Conjunto

- da CCJ e CECE. Relatora-Geral Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: PLL nº 205/97 - Proc. nº 3488/97. Em discussão. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3530/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 206/97, de autoria da Vera. Clênia Maranhão, que concede o título honorífico de Cidadã de Porto Alegre à Professora Doutora Wrana Maria Panizzi. Urgência.

 

Parecer Conjunto

- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver. Décio Schauren: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, IV, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 206/97 - Proc. 3530/97. Em discussão. (Pausa.) Em votação nominal. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 27 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3680/97 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 042/97, de autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que concede o título honorífico de Cidadão Emérito ao Senhor Jorge Verardi. Urgência.

 

Parecer Conjunto

- da CCJ e CECE. Relator-Geral Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, IV, da LOM;

-votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral o Projeto de Resolução nº 042/97, de autoria do Ver. Nereu D'Ávila. (Pausa.) Em votação nominal. (Pausa.) (Após a chamada.) APROVADO por 26 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3719/97 - PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 018/97, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal a ausentar-se do País, de 14 de dezembro de 1997 a 15 de dezembro de 1997.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral o Projeto de Decreto Legislativo nº 018/97. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO o Projeto de Decreto Legislativo.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

2º TURNO

 

PROC. 2594/97 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 002/97, de autoria do Ver. João Motta, que acrescenta Seção IX ao Capítulo I do Título IV - da Ordem Social e Cidadania - da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre. (Cultura Indígena)

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA,

- em ambos os turnos - art. 130, § 6º, do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Votação nominal, em 2º turno, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/97.

O Ver. João Motta está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO MOTTA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaria de registrar a importância da participação no processo de discussão e elaboração desse Projeto de algumas entidades não-governamentais e governamentais que deram uma contribuição decisiva para a elaboração do Projeto, ou seja, o CIMI, o COMIN, o PMG, a Procuradoria da República, os Amigos da Terra, o IPHAN/PUC, o gabinete da Vera. Maria do Rosário e o nosso gabinete. Sem dúvida, ao incluirmos essa Emenda à Lei Orgânica de Porto Alegre, estaremos fechando um ciclo dessa discussão sobre o reconhecimento, pelo menos formal, das múltiplas cidadanias que existem na nossa Cidade. Reconhecendo, também, as diferenças culturais que existem na sociedade brasileira e, dizendo mais, que uma Lei Orgânica que se pretende, minimamente, comprometida com a idéia dos direitos civis de qualquer cidadão ou cidadã deve, de fato, reconhecer a diferença cultural como preceito básico da democracia.

Portanto, com isto estamos consolidando a nossa Lei Orgânica como sendo um instrumento contemporâneo e dos mais completos das capitais brasileiras.

Segundo, gostaríamos de ter votado este Projeto ontem, Ver. Pedro Américo Leal, porque ontem se comemorou, no mundo, os 50 anos de assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Entretanto, pelo excesso de trabalho da nossa agenda isso não foi concretizado, e estamos fazendo neste momento.

Razão pela qual ao encaminharmos o presente Projeto lembramos, rapidamente, um dos vários pensamentos que o grande filósofo Russeau nos brindava, ele dizia que um dos grandes reflexos dos europeus era sempre procurar filosofar sobre a origem das coisas, segundo o que se passa a sua volta. Ou seja, fazer uma leitura desse pensamento de Russeau. As sociedades indígenas, na verdade, podem nos ensinar a relativizar os nossos conceitos, muitas vezes fechados e absolutos, no sentido, numa perspectiva de se abrir numa compreensão acerca do pensamento moderno, como um pensamento aberto a reconhecer na diferença um valor importante para se construir idéias e consenso. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra a Vera. Clênia Maranhão para encaminhar o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/97.

 

A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quero, inicialmente, parabenizar o Ver. João Motta pela iniciativa de incorporar na Lei Orgânica de Porto Alegre esta referência fundamental a um segmento da população brasileira, que nem sempre tem sido considerado na sua diferença. E que, portanto, cria uma lacuna na representação democrática das nações que compõem o conjunto da nossa população. Hoje, as populações indígenas no Estado do Rio Grande do Sul chegam a mais de 20 mil pessoas. Os problemas e dificuldades de acesso à terra, os entraves culturais, os preconceitos, a entrada desenfreada das tecnologias, a concepção majoritária da sociedade de que a política dos dominantes se impõe de forma autoritária tem feito com que grande parcela das populações indígenas tem migrado para a nossa Cidade, constituindo em Porto Alegre setores completamente marginalizados do ponto de vista econômico. A preservação da cidadania indígena, a garantia da sua cultura, a valorização da sua diferença são questões fundamentais para o processo de democratização e de resgate da dimensão humana, que deve ter toda a sociedade. Os indígenas brasileiros, assim como o nosso Estado, têm sido vítimas desse preconceito, da falta de acesso à terra, do respeito à sua cultura, e eu acredito que no momento em que a Câmara Municipal de Porto Alegre discute essa questão, e nós incorporarmos dentro da Lei Orgânica do nosso Município o resgate dessa cultura indígena, mais do que resgatar para a Cidade de Porto Alegre essa dimensão plural, estamos, também, seguramente, criando essa referência para outros municípios do nosso Estado, muitos dos quais vivem bem mais de perto, pela proximidade, pela quantidade de populações indígenas que ali vivem, a necessidade de criação de legislações que contemplem essas características culturais da população indígena, assim também como acredito que pode servir de referência a outras capitais brasileiras, que também devem incorporar nas suas leis orgânicas municipais essa preocupação. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Queremos registrar com satisfação, e cumprimentar o Jornalista Renato Saralegui, que no dia ontem foi um dos ganhadores do Prêmio da categoria de direitos humanos.

 

Em votação nominal, em 2º turno, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 002/97 - o Proc. 2594/97. (Após a chamada.) APROVADO por 25 votos SIM.

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

2º TURNO

 

PROC. 3154/97 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 003/97, de autoria do Ver. Décio Schauren, que altera o art. 82 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre (quorum de maioria qualificada para alteração de denominação de logradouros).

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos - art. 130, § 6º, do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o PELO nº 003/97 - Proc. nº 3154/97. O Ver. João Dib está com a palavra, para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, quando cheguei a esta Casa travava-se uma luta para trocar o nome do Bairro Cavalhada. Historiadores de um lado dizendo que não se deveria trocar um nome que a tradição da Cidade havia consagrado e, alguns outros, que não foram bem-identificados, queriam trocar o nome do bairro. Eu disse que, tendo nascido em Vacaria, se alguém quisesse trocar o nome da minha terra, eu iria brigar. Aí propus um Projeto de Lei que, aprovado, tomou o nome de Lei Complementar nº 003 que impedia troca de nomes das ruas da Cidade, ressalvada a possibilidade para retornar ao antigo nome, e seria, por exemplo, o caso da rua dos Andradas, para se chamar Rua da Praia. O Projeto foi aprovado por unanimidade, e, hoje, está na Lei Orgânica. Eu acho que nome de rua, nome de praça, nome de parque não se troca. A história de uma cidade, de um povo, se faz no dia-a-dia. Se hoje homenageamos figuras desta Cidade com títulos de cidadãos honorários, se hoje denominamos ruas com nomes de pessoas que já não estão mais no nosso meio, que faleceram, não há por que ser mudada a história da Cidade. Eu não vejo razão nenhuma para trocar nomes Eu dizia, quando se discutia essa matéria, que a Rua do Rosário foi denominada durante o Império, depois, trocada para Vigário José Inácio. Nós continuamos chamando-a de Rua do Rosário. Eu não posso admitir, porque foi proclamada a República, que a Praça Conde D'Eu, inaugurada, em Porto Alegre, com a presença da Princesa Isabel, trocasse de nome e se chamasse Praça XV de Novembro. Hoje nós dizemos Praça XV, e até muito gente nem sabe por que só diz Praça XV e não diz que é de Novembro. O povo marcou esses nomes que foram dados ao longo do tempo, e eu não entendo por que eles são mudados. Dessa forma, eu encaminho contrariamente a qualquer possibilidade de troca de nomes, a não ser para voltar aos nomes antigos: a Rua Vigário José Inácio poderia se chamar novamente Rua do Rosário: a Marechal Floriano poderia se chamar Bragança; a Rua Gen. João Manoel poderia se chamar Rua Clara, a Rua Fernando Machado poderia se chamar Rua do Arvoredo. Então, nós teríamos uma série de possibilidades e, no meu entendimento, seria restabelecer a história da Cidade. Portanto, vou encaminhar contrariamente, como O fiz no primeiro ano em que eu estava nesta Casa. Saúde e Paz. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para encaminhar o PELO nº 003/97.

 

O SR. ISAAC AINHORN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu também participo daquela posição de me manifestar contrariamente, em tese, à questão de alteração de denominação de ruas na Cidade de Porto Alegre. No entanto, a Legislação deve ter previsão legal para tal matéria, porque, muitas vezes, nos encontramos frente a situações que se impõem à mudança de um logradouro.

Eu invoco uma situação em que íamos designar a rótula, atrás do Instituto Educacional Flores da Cunha, de Prof. Ernani Maria Fiori. A rótula tinha um nome que não dizia nada e queríamos, junto com a Universidade, homenagear àquela extraordinária figura que tinha sido - por força de medidas discricionárias do arbítrio -, excluída dos quadros da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Eu me recordo da luta do Ver. André Forster, autor desse Projeto de Lei. E nós conseguimos colocar, através de um encaminhamento legal, antes da nova Lei Orgânica.

O legislador coloca uma fórmula de alteração de designação de nome de logradouro público, e ela existe, mas é absolutamente, impraticável: o plebiscito. E nunca conseguimos dar adequações. Até mais, eu diria que o velho nome de "Rua da Praia", eventualmente, se algum legislador da Cidade desejar retomar o nome antigo, poderá fazê-lo - quem sabe? - mas não pelo plebiscito, porque não tem eficácia, do ponto de vista da regulamentação da previsão legal. Com propriedade o Ver. Décio Schauren está atribuindo essa possibilidade de alteração de designação de logradouro público, com quórum altamente qualificado de 2/3 dos Srs. Vereadores. Assim, o Ver. João Dib, se quiser retornar a designação de Praça Conde D'Eu, sem nada a ver com a questão da República, poderá, com essa medida do Ver. Décio Schauren, restabelecer os nomes antigos das ruas, através do exame prudente da maioria qualificada dos Vereadores da Casa. Hoje podemos fazer, mas através de um plebiscito que não se sabe como executar. E como essa é uma matéria do cotidiano de um Vereador, o nobre Ver. Décio Schauren indica um caminho a ser perseguido que poderá restabelecer algumas anomalias quanto a designação de ruas, quando se trata, justamente, de fazer alteração. O princípio é não mudarmos a designação de nomes de ruas, mas, em situações excepcionais, temos que dispor de um mecanismo que possa viabilizar uma designação de logradouro público. O presente Projeto de Lei é extremamente importante para a Cidade, aprovado em primeiro turno, agora, precisa novamente de 2/3 dos Srs. Vereadores para tê-lo definitivamente incorporado na Lei Orgânica de Porto Alegre. Obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Décio Schauren está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. DÉCIO SCHAUREN: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Também entendemos que, via de regra, a troca de nome de logradouros não deve acontecer, mas, pelas intervenções de vários Vereadores, na votação anterior e nesta, vimos que a previsão deve existir, a lei deve prever de que forma se pode trocar o nome de um logradouro. Nós Vereadores temos um compromisso muito sério com a história e a cultura da Cidade, que se manifesta através das denominações de logradouros, por isso, não podemos permitir que a troca de nomes de logradouros se torne uma banalidade, ao contrário, temos que manter o rigor da lei, mas esta deve ser democrática. Entendemos que, como foi aprovado no Substitutivo ao Projeto do Ver. Luiz Braz, prevendo a extinção do instrumento do plebiscito para a troca de nomes, e referendando a consulta popular, a aprovação de dois terços dos moradores do logradouro e mais a votação aqui na Câmara, com posição favorável de dois terços dos Vereadores desta Casa, com essa Lei, em primeiro lugar, garantimos a nossa responsabilidade com a história e a cultura da Cidade, e por outro lado, estamos aprovando uma lei que é democrática. Como já disse na votação anterior, todos os exemplos levantados aqui pelo Ver. João Dib não teriam acontecido se esta Lei existisse, porque, no mérito, o debate se estabelece, tanto entre os moradores do logradouro como aqui nesta Casa. Dois terços de moradores favoráveis e dois terços de Vereadores favoráveis nesta Casa, sem dúvida é o indicativo de que a troca proposta se faz por justiça. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Reginaldo Pujol): Em votação o PELO nº 003/97 - Proc. nº 3154/97. (Após a chamada.) APROVADO, em 2º turno, por 26 votos SIM e 02 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2764/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 022/97, de autoria do Ver. Fernando Záchia, que inclui parágrafo único no artigo 362 da Lei Complementar nº 43/79, com redação dada pela Lei Complementar nº 158/87. (padrões para vagas de estacionamento nos supermercados)

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/97 - PROC. nº 2764/97. Em discussão geral. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. Está com a palavra o Ver. Luiz Fernando Záchia para encaminhar.

 

 

O SR. LUIZ FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, este Projeto tem por objetivo normalizar uma situação que está se tornando irregular, hoje, em Porto Alegre, no que diz respeito às garagens de estacionamentos de supermercados.

Todos sabemos que a situação econômica que vive o Brasil tem feito com que essas redes de supermercados troquem de donos, troquem a sua composição acionária, o que obriga os novos proprietários a alterarem o alvará do estabelecimento para que possam normalizar o nome da nova empresa. Nesse momento de renovação do alvará será constatado que o Plano Diretor estabelece o seguinte: "Nos supermercados de até 750m² da área computável que envolve área de loja, escritório e depósito, para cada 40m² é necessário um espaço de estacionamento; supermercados com áreas acima de 751m², para cada 20m² também é necessário um espaço de estacionamento..."

Ora, se pegarmos um supermercado pequeno, em torno de 600, 700, 800 m², incluindo a área de venda, de escritório e de depósito, um supermercado de 800m² vai ter que ter quarenta estacionamentos obrigatoriamente. Acontece que grande parte dessas lojas eram lojas antigas que tinham os seus alvarás de funcionamento. Na medida em que se alterou a razão social da empresa, eles vão ter que se ajustar a essa realidade. O que acontece? A composição física do local já está definida, temos o supermercado, ao lado temos um prédio, do outro lado pode ter uma outra casa comercial, uma residência, enfim, impossibilitando que esse supermercado, mesmo que pudesse, comprasse um terreno ao lado para fazer essa área de estacionamento para se ajustar a esta Lei. Se pegarmos, por exemplo, um supermercado no Bairro Bom Fim, Ver. Isaac Ainhorn, na descida da Rua Fernandes Vieira, um supermercado tradicional, antigo em Porto Alegre, não tem estacionamento. Agora, se mudar a razão social ele vai ter que se ajustar, e ele não tem nem como querer fazer com que haja um estacionamento, e esse supermercado não vai ter alvará de localização e, conseqüentemente, não vai ter alvará de funcionamento. O pior é que os pequenos estabelecimentos comerciais são os mais prejudicados, aqueles estabelecimentos de 200, 300 metros, que, pela lei, se tivermos, na Restinga, um supermercado de 300, 400 metros quadrados - um pequeno supermercado - ele vai ter que ter quase 10 vagas de estacionamento, e não tem. Estamos inviabilizando que eles possam funcionar.

O que se quer? Se quer que, para aqueles antigos, para aqueles lá existentes, não haja a obrigatoriedade. Porque, hoje, o grande estabelecimento, a grande loja de supermercado, a grande rede de supermercado tem a condição econômica e financeira de fazer 100, 200 vagas de estacionamento. Esses maiores supermercados de Porto Alegre estão, tranqüilamente, dentro da lei; não são favorecidos, até porque eles detêm poder econômico, eles detêm a condição de fazer. A nossa preocupação é proteger os pequenos e os médios supermercados que já estão estabelecidos em Porto Alegre há mais de 20 anos, só que correndo o risco da alteração da razão social - por questões econômicas, questões sociais - que eles não possam viabilizar.

Por isso encaminhamos favoravelmente e pedimos a compreensão de V. Exas para que possamos regularizar uma situação que em determinado momento está criando dificuldades para o segmento. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Vera. Maria do Rosário está com a palavra para encaminhar o PLCL nº 022/97.

 

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. O Ver. Fernando Záchia traz uma matéria bastante importante para a nossa discussão, modificando o art. 362 da Lei Complementar nº 43/79, que é o nosso Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - PDDU.

Queremos declarar que a nossa Bancada vai votar em aberto essa questão, ou seja, estamos refletindo sobre a matéria. Vejam, V. Exas., estamos justamente no processo de discussão do conjunto do PDDU. É uma legislação de 1979, que no seu desenvolvimento conseguiu resgatar e entender a Cidade num processo de desenvolvimento, mas é uma legislação que tem a importância absoluta de garantir que toda a Cidade tenha sido planejada, trabalhada nos últimos anos.

A questão de vagas de estacionamento nos supermercados, "shoppings", espaços comerciais e de lazer têm sido de absoluta importância, porque garantem que existam menos carros no entorno dos espaços utilizados.

Quando Porto Alegre está crescendo, quando temos um número tão grande de veículos nas ruas, nos preocupa sobremaneira abrirmos sem limitação essa questão das vagas de estacionamento nos supermercados, tanto quanto nos preocupa a questão de cobrança de taxas, contrariamente ao que diz o PDDU, que diz concretamente que devem ser oferecidas vagas de estacionamento.

Mas estamos em aberto, estamos discutindo, assegurando ao Ver. Fernando Záchia que a nossa Bancada está sensível à preocupação que ele tem quanto aos pequenos empreendimentos de supermercados, ou seja, os supermercados pequenos, que, num raio de 150m - como já está previsto no PDDU - não conseguem, pelo adensamento urbano nas regiões centrais, ocuparem um outro espaço para oferecer estacionamento e vagas para os seus clientes. Estamos sensíveis para discutir essa matéria no sentido da liberação quanto aos pequenos mercados nas regiões de forte adensamento.

A Bancada está analisando de forma aberta essa questão. No entanto algumas preocupações cabem ser discutidas com V. Exas. acerca do Projeto. Uma delas é que o Projeto, quando modifica o art. 362, trata - porque é assim que trata o nosso PDDU - como área de estacionamento áreas de carga e descarga. Portanto, estamos legislando e desobrigando esses mercados da área de descarga de materiais, e isso nos preocupa também. Não existe só a questão do estacionamento e, para mim, o artigo 362 trabalha as duas questões juntas: as vagas de estacionamento e a área de carga e descarga de produtos. Nesse sentido talvez pudéssemos ter trabalhado um pouco mais, destacando e mantendo a área para carga e descarga.

Portanto, estamos votando o Projeto sem a garantia de que ele seja sancionado pelo Prefeito. Quero, mais uma vez, dizer que a Bancada do PT está aberta para a votação, mas com essa preocupação.

O Projeto do Ver. Fernando Záchia, na leitura que fizemos, não se refere, em nenhum momento, à cobrança ou não do estacionamento, mas se refere à obrigatoriedade dos mercados de diversos tamanhos, excluindo os pequenos, de terem vagas de estacionamento à disposição da comunidade.

O Plano Diretor foi sábio, já em 1979, quando disse que se o empreendimento, em si, não conseguisse ter as vagas para o estacionamento ele poderia alugar ou adquirir terreno até 150 metros de distância do estabelecimento, considerando que essa área fosse utilizada para estacionamento. Acho que isso fica difícil na época em que estamos vivendo.

Então, Srs. Vereadores, é por isso que a nossa Bancada tem uma postura aberta em relação a esse Projeto. Parece-nos que a preocupação do Ver. Fernando Záchia com os pequenos empreendimentos é justa, na medida em que eles sofrem uma série de pressões em nossa época e empregam - especialmente na área de comércio - significativamente, tanto a pequena como a média empresas. Todos nós ficamos preocupados quando o setor lojista aponta uma queda nas vendas de 9% até 20% no Estado do Rio Grande do Sul - acho que essa contenção do consumo é absurda e só traz prejuízo para o conjunto de nossa população.

Quero dizer que a nossa Bancada está em aberto, Ver. Fernando Záchia, mas sem o compromisso do Poder Executivo. Nós queremos dizer a V. Exa. que estamos considerando as suas ponderações feitas da tribuna. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar o PLCL nº 022/97.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. O Ver. Fernando Záchia ingressou na Casa com este Projeto de Lei no dia 8 de setembro de 1997. Observei que ele foi reconstituído e estranhei que um Projeto com essa envergadura tivesse chegado ao plenário sem nenhum Parecer, depois de ter transitado na Casa por noventa dias. Eu falo isso, Sr. Presidente, porque ouvi atentamente o Ver. Fernando Záchia e fiquei preocupado com o fato. O Ver. Pedro Américo Leal ontem, encaminhando com muito brilho um Projeto de Lei de nossa autoria, dizia que a situação que nós regrávamos era de tamanha simplicidade que ele julgava que já tinha sido objeto de regramento. Eu fico surpreso de ouvir do Ver. Fernando Záchia que, hoje, um estabelecimento comercial já licenciado, porque muda a razão social não lhe é deferido um alvará, isso é um absurdo, Ver. Fernando Záchia, fere o direito adquirido, eis que alguém se estabeleceu com ramo de supermercado em determinada área e vende esse ponto comercial, quem compra, compra o ponto comercial, não compra apenas o prédio, as instalações, compra também o ponto comercial. Por não entender esse absurdo é que discuto a matéria agora já em encaminhamento de votação, porque para mim é surpreendente que essa situação que o Vereador narrou da tribuna e que colocou na sua exposição de motivos esteja acontecendo. Até me parece que a Vera. Maria do Rosário tem alguma razão nas suas colocações, mas diante do objetivo pretendido pelo Ver. Fernando Záchia não há como escapar de votar este Projeto favoravelmente. Se existe essa situação em Porto Alegre, se é feita esta descabida exigência com o fundamento do disposto do artigo 362 da Lei Complementar 4379 nós temos que dar essa redação que está pretendendo o Ver. Fernando Záchia. Queria tranqüilizar V. Exa., porque não é a Restinga que precisa deste Projeto de Lei, na Restinga é um conjunto habitacional organizado, bem planejado. As áreas comerciais já têm o seu estacionamento. Mas eu desconheço que existe aqui em Porto Alegre. V. Exa. citou o exemplo da Fernandes Vieira com a Henrique Dias, que, durante mais de vinte anos foi o ponto onde a nossa família, que era moradora da João Telles, se abastecia; e além dessa nós temos na Venâncio Aires e na Cristóvão Colombo. Os primeiros supermercados que se instalaram em Porto Alegre não têm condição de se enquadrarem nessa legislação, a não ser se tentasse o que estabelece o plano como alternativa: a locação de um ponto de garagem até 150 metros de onde ele se localiza.

O que eu estou dizendo, Vera. Maria do Rosário, é que a lei nunca pode retroagir e que, se é verdade isso - e eu não tenho por que duvidar do Ver. Fernando Záchia -, na prática está acontecendo, com fundamento nessa lei, um grande absurdo, porque se o estabelecimento já está licenciado para uma atividade, não é porque ele muda de proprietário que vai perder esse licenciamento. O ponto já está licenciado. Então, é surpreendente que o Ver. tenha flagrado essa situação. E não é por acaso que ele entra com Projeto de Lei aqui na Casa tentando obstar que, mal interpretando o que coloca o artigo 362 da 4379, se faça isso que é um verdadeiro absurdo. É por esta razão, Vereador, que eu vou lhe acompanhar, na expectativa de que o seu Projeto tenha possibilidade legal de fazer com que isso, que eu considero um absurdo administrativo, continue acontecendo na Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Lauro Hagemann está com a palavra para encaminhar o PLCL nº 022/97.

 

O SR. LAURO HAGEMANN: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a primeira vista o Projeto do Ver. Fernando Záchia é interessante, porque visa corrigir uma situação anômala, pelo menos. Mas eu receio que, já estando na Casa, e nós nos debruçando no próximo ano sobre o Plano Diretor, as coisas comecem a tomar um viés diferente. E é isso que me preocupa. Nós podemos até aprovar o Projeto do Ver. Fernando Záchia, mas ninguém pode garantir a esta Casa que no exame do Executivo não seja aposto um veto, porque a Casa terá que examinar e os aspectos que o Vereador procura sanar com este Projeto não alcancem os objetivos imediatos.

Por isso, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, prezado Ver. Fernando Záchia, não há nenhuma pré-disposição contrária à votação deste Projeto. Fica apenas a lembrança de que pode haver alguma contradição. Mas isso pode ocorrer e pode não ocorrer. Vai depender do exame do Executivo.

Gostaria, aproveitando a ocasião, de dizer que a nível de supermercados estamos examinando um novo dispositivo na cidade, no próximo Plano Diretor, de reservarmos áreas especiais para novos empreendimentos de "shoping-centers" e supermercados, porque a área está sendo conturbada. Há uma invasão incrível de estabelecimentos, inclusive de origem estrangeira, que estão se assenhorando das nossas redes tradicionais. Hoje, em Porto Alegre, se duas ou três das redes originais ainda se mantiverem incólumes ao assédio estrangeiro serão muitas. Estamos atentos para, atendendo a ponderação de alguns empreendedores locais, que não querem ver desaparecer do mercado suas empresas, e que o Rio Grande do Sul, Porto Alegre especialmente, não perca a primazia, porque nós temos redes de supermercados aqui em Porto Alegre que foram pioneiras em termos nacionais. E é isso que estamos pretendendo preservar. Estamos atendendo a uma ponderação de redes de supermercados para que esses espaços na cidade sejam melhor delimitados.

Por isso, Srs. Vereadores, não sei como encaminhar, qual a maneira mais objetiva de encaminhar o Projeto do Ver. Fernando Záchia porque existem estas ponderações a ser levadas em conta: uma favorável, outra contra. Parece contraditório vir à tribuna encaminhar um Projeto dessa maneira.

Eu me permitiria, para deixar mais claro, encaminhar contrariamente ao Projeto do Ver. Fernando Záchia, porque ele poderá voltar com essa idéia na discussão do Plano Diretor. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLCL nº 022/97.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Requerimento): Requeiro votação nominal.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/97. (Após a chamada.) APROVADO por 23 votos SIM; 02 votos NÃO e 03 ABSTENÇÕES.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2855/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/96, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa, que altera dispositivos da Lei nº 6524, de 26 de dezembro de 1989, com a redação dada pela Lei nº 7546, de 12 de dezembro de 1994. (convênio entre o Poder Executivo e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e com a Cooperativa dos Produtores Rurais de Porto Alegre) Com Emenda nº 02.

 

Pareceres

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela rejeição do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;

- da CEFOR. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 02;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 02;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 02.

 

Observações:

- retirada a Emenda nº 01.

 

O SR. PRESIDENTE: Discussão geral e votação do PLL nº 167/96, de autoria do Ver. Guilherme Barbosa - Proc. nº 2855/96.

Em discussão. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a leitura feita pelo ilustre Presidente, identificando a proposta legislativa que está em exame, dá uma idéia do que seja o Projeto de Lei que estamos votando, mas necessário se faz que ele seja esmiuçado para o seu melhor entendimento.

Chamou-me a atenção a circunstância de que o Ver. Juarez Pinheiro, como relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, tenha recomendado a rejeição do Projeto de Lei do Legislativo...

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Reginaldo Pujol, se V. Exa. me permite interromper o seu pronunciamento, cujo tempo está suspenso, eu gostaria de registrar a presença do ex-Vereador e Presidente desta Casa, hoje Deputado Estadual, Valdir Fraga, que nos honra e nos brinda com a sua presença.

Muito obrigado, Ver. Reginaldo Pujol, o seu tempo está sendo devolvido e retomado.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu aproveito o momento para manifestar a satisfação de que o nosso ex-colega, Dep. Valdir Fraga, retorne à Casa no dia de hoje e nos dê o prazer da sua presença.

Eu comentava que me havia chamado a atenção o voto do relator, que recomendava a rejeição do Projeto nº 167/96 e da sua Emenda.

Fui buscar as razões e observo que a proposição do Ver. Guilherme Barbosa mereceu reparos do ilustre Ver. Juarez Pinheiro sob a seguinte argumentação: "No plano da constitucionalidade, estamos em presença de um Projeto de Lei Autorizativo. Pressuposto também de uma norma autorizativa é a disposição de uma competência originária. Ora, a Constituição Federal e a Lei Orgânica do Município guardam princípios que ressalvam a independência e a harmonia entre os Poderes - art. 2º -, bem como as esferas de competências privativas". Vai além o Ver. Juarez Pinheiro, afirmando: "A Lei Orgânica do Município, em seu art. 94 - o famoso art. 94, inc. IV -, que estabelece que é competência privativa do Prefeito dispor sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da Administração Municipal. Segue dizendo que o Projeto de Lei dispõe sobre o funcionamento do Poder Executivo: “autorizar a celebração de convênios, bem como atribuir tarefas a órgãos da Administração Municipal, matéria vinculada à competência privativa do Prefeito".

"Norma autorizativa que disponha sobre competência originária de outro poder opera no vazio, implica em infringência no texto constitucional". Esse é o fundamento do voto.

O Ver. Guilherme Barbosa, conhecendo esse voto, esse relato do Ver. Juarez Pinheiro, manifesta-se dizendo que: "Este Vereador tem posição contra os Projetos autorizativos, a menos que o Poder Executivo concorde com os mesmos. De qualquer forma, a Lei 6524, de origem do Executivo, é autorizativa. Entretanto, interessa o mérito do Projeto. Sendo assim, presente nova emenda que, acredito, supera definitivamente o problema. Portanto, solicito a continuação da tramitação do Projeto de Lei."

E aí juntou a Emenda que retira o art. 4º em face do questionamento levantado pela Comissão de Constituição e Justiça.

O art. 4º, parágrafo único, diz o seguinte: "O parágrafo único do art. 3º da Lei 6524 passa a ter a seguinte redação: a área que trata o caput desse artigo será administrada sob a supervisão e orientação da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio".

Ver. Pedro Américo Leal, tudo isso é para dizer que temos, aqui, restabelecida a discussão sobre o limite da competência legislativa. É o restabelecimento da discussão a respeito dos chamados "projetos autorizativos", e V. Exa. sabiamente já acentuou a sua incompreensão diante de tamanhas restrições que nos impomos. Vale citar a experiência democrática americana, onde o Congresso Nacional, num regime presidencialista que é tido como modelo universal, tem amplos poderes e onde a iniciativa dos integrantes do Congresso são amplamente defendidas.

Então, eu quero dizer ao Ver. Guilherme Barbosa e aos demais integrantes desse processo, como o Ver. Juarez Pinheiro, que eu não preciso anunciar o meu voto, pois sou um defensor intransigente da prerrogativa do Vereador de ampliar ao máximo possível as suas limitadas atribuições, e se o fundamento da impugnação desse Projeto de Lei - e voltarei a discuti-lo - é apenas o vício de iniciativa, isso não nos impede de acompanhar o autor, restando, naturalmente, o mérito da proposição, que será examinado ao longo desta discussão. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): O Ver. Juarez Pinheiro está com a palavra para discutir o PLL nº 167/97.

 

O SR. JUAREZ PINHEIRO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, gostaria, preliminarmente, de dizer que me senti honrado pela leitura de meu Parecer na Comissão de Constituição e Justiça, pelo Bacharel Ver. Reginaldo Pujol.

Ver. Pedro Américo Leal, sempre que vem à baila a discussão dos Projetos de lei autorizativos, como sempre é do seu jaez, V. Exa. presta muita atenção nas coisas que são faladas. Do que, enfim, trata o presente Projeto de Lei, proposto pelo Ver. Guilherme Barbosa? A Lei nº 6524 diz o seguinte: "Fica autorizado o Poder Executivo a conveniar com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e com a Cooperativa dos Produtores Rurais de Porto Alegre a instalação de equipamento fixo ou móvel, no perímetro urbano do Município, com especial atenção à área central da Cidade, destinada à comercialização e divulgação de hortifrutigranjeiros, produzidos no cinturão verde de Porto Alegre".

O Ver. Guilherme Barbosa propõe que esse artigo, que acabei de ler, fique redigido da seguinte forma: "Fica o Poder Executivo autorizado a conveniar com entidades de produtores rurais de Porto Alegre, do setor de abastecimento alimentar, a instalação de equipamento fixo ou móvel, no perímetro urbano do Município, com especial atenção à área central da Cidade, destinada à comercialização e divulgação de produtos primários produzidos no Município." O que está querendo o proponente da matéria? O objetivo é ampliar para que, além do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Cooperativa de Produtores Rurais de Porto Alegre, possa o Município conveniar com qualquer organização produtora primária. Então, na verdade, a proposta do Poder Executivo limitava àqueles que fariam o convênio. Eu tenho entendimento, e acredito que todos os Vereadores desta Casa têm, de que depois da Lei Orgânica o Município não precisa pedir autorização desta Casa para firmar convênios. É despiciente ao Município ter um dispositivo legal para que ele possa firmar convênio. O que ele tem, de acordo com a Lei de Licitações, art. 116 da Lei 8666, é que encaminhar posteriormente ao conhecimento desta Casa. O meu Parecer na Comissão de Constituição e Justiça foi contrário à proposta do meu colega de Bancada, tendo em vista que me parece ser desnecessário que nós venhamos a autorizar o Executivo a firmar convênios. Se o Executivo quiser firmar convênios, ele firmará. Apesar disso, parece-me que a proposta do Ver. Guilherme Barbosa tem méritos. Na verdade ela trabalha com produtores primários desta Cidade que precisam receber mais incentivos e, talvez, com outro instrumento legislativo possam ter melhores condições de ampliar suas produções. Eu não vejo nenhuma contradição. Enquanto Relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça, verifiquei o que lá cabe, de acordo com a literatura do Ver. Antonio Hohlfeldt, a legalidade e a constitucionalidade dos projetos de lei e agora, aqui, verifico o mérito e entendo que a Bancada do PT, na maioria dos seus membros, votará favorável ao lado dos produtores primários da Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 167/97.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, além dos esclarecimentos que o Ver. Juarez Pinheiro traz à Casa em relação a este Projeto, é interessante colocarmos aqui que essa proposição foi demandada por um conjunto de produtores rurais da cidade de Porto Alegre que trouxeram a necessidade de alteração da Lei nº 6524. É interessante dizermos isso porque esta lei é de 1989 e nessa época a cidade de Porto Alegre tinha uma determinada realidade de organização dos produtores rurais. Essa proposição, que se construiu no final do ano de 96 e teve sua tramitação no ano de 97, já se relaciona com outra realidade. Então, há a necessidade de termos uma legislação aberta em relação a poder a Prefeitura de Porto Alegre conveniar com os produtores rurais, um conjunto de entidades coletivas que trabalha a questão da produção primária. É essa a vontade que expressa o Projeto do Ver. Guilherme Barbosa, a intenção de que a legislação possa permitir que a Prefeitura de Porto Alegre busque convênios com um conjunto de entidades que hoje existe na cidade de Porto Alegre. Em relação à iniciativa, gostaríamos de dizer que é uma emenda à proposição que já tinha a aprovação desta Casa. Portanto, no nosso entendimento, emendar essa lei já existente viria aprimorar a relação do Executivo com os produtores. Somos a favor da aprovação do Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação. (Pausa.) O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, para encaminhar o PLL nº 167/97.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu não vou me demorar na análise do mérito inquestionavelmente, posto existir mérito na matéria. A discussão que pretendo ferir no tema é acerca desse instrumento que inventou a Câmara Municipal de Porto Alegre. Não sei se em alguns outros municípios é adotado tal procedimento, que é vazio de força, de cogência, que são os denominados Projetos Autorizativos. Nós temos insistido que há um instrumento regimental adequado e apropriado, que é o Pedido de Providências. Então, vejam só: eu vou inserir o caso de todos apresentarmos projetos autorizando o Prefeito a reajustar os salários dos servidores municipais, autorizar o Prefeito Municipal a construir elevadas, e por aí se vai. E se não faz, o que acontece? Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, se me afigura que esta forma, este instrumento, não tem o necessário peso para fazer com que se concretize aquilo que se propõe no referido Projeto. Eu insisto para que adotemos o Pedido de Providências. Alguns equívocos têm-se cometido porque, desavisadamente, o Prefeito anterior, Tarso Genro, e, se não me falha a memória, o Prefeito Raul Pont tem sancionado algum projeto e qual é o critério? O critério para sancionar os referidos projetos é o critério da simpatia, o da amizade? Em certa oportunidade, usei uma expressão forte de retórica, dos "amigos do rei".

Então, é preciso que haja uma simetria de entendimentos neste aspecto, porque, do contrário, estaremos criando privilégios. Projetos autorizativos recebendo ora sanção, ora não. Temos que nos entender sobre esse aspecto, evidentemente, relevando a questão do mérito. Todas as iniciativas neste sentido têm mérito, mas do que vale, do que representa, do que significa ficarmos aqui utilizando funcionários, debates na Casa sem a devida eficácia? Esse entendimento há de acontecer, pois do contrário estaremos vencidos. Aqueles que resistem à idéia estarão vencidos e convencidos em mudar a orientação.

É neste sentido que venho à tribuna dizer - não quanto ao mérito, mas quanto ao instrumento - não sei se em nome da Bancada, mas digo que eu encaminho contrariamente. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em votação o PLL nº 167/96 - Processo nº 2855/96. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com voto contrário do Ver. Elói Guimarães, do Ver. Nereu D'Ávila e do Ver. Hélio Corbellini.

Em votação a Emenda nº 2. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2525/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 153/97, de autoria do Ver. Gerson Almeida, que dispõe sobre a substituição, proibição e retirada de pára-raios radioativos e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Parecer

- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Em discussão o PLL nº 153/97 - Processo nº 2525/97, de autoria do Ver. Gerson Almeida. O Ver. Gerson Almeida está com a palavra.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Quando entrei com o Projeto na Casa, a minha preocupação foi de não só me apropriar de uma bibliografia sobre a matéria, como também discutir com vários especialistas da área, especialmente os professores do Instituto de Física Nuclear da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, porque há uma resolução do Conselho Nacional de Energia Nuclear de quase dez anos atrás, que proíbe a comercialização e industrialização de equipamentos de pára-raio que contenham o elemento chamado amerício 241, que é um elemento metálico radioativo. À época foi anunciado largamente no nosso País e em vários lugares do mundo, como um chamado ovo de Colombo, a questão da proteção das propriedades dos cidadãos contra as descargas elétricas. Porque diferente do pára-raio Franklin, que é o tradicional, apenas com uma ou duas panelas, que é o formato que tem esse pára-raio radioativo, substituiria um conjunto de vários pára-raios tradicionais, assegurando uma proteção maior. A proteção do pára-raio Franklin é semelhante a de um cone, sendo que a do pára-raio de amerício seria algo com a proteção do conjunto das construções. Aquilo, então, se desenvolveu e vendeu milhares no Brasil e no mundo. Em vários lugares da Europa, estudos científicos feitos, posteriormente, demonstraram que esse tipo de pára-raios, primeiro, não apresentava qualquer eficácia maior em relação aos Pára-raios Franklin; segundo, ele, inclusive, em testes realizados em laboratórios, colocado um Pára-raios Franklin e um pára-raios com amerício 241, juntos, o Pára-raios Franklin demonstrou muito mais eficácia do que o pára-raios com elemento radioativo, ou seja, o princípio da justificação, que é um dos elementos básicos para a utilização de qualquer elemento radioativo, caiu por terra, porque há elementos no mercado muito ou mais eficientes do que esse com elemento radioativo. Portanto, o princípio da justificação, que seria a não-existência no mercado de equipamentos sem a utilização de energia nuclear que justificasse a comercialização desse elemento não existia. Feito isso, em vários lugares do mundo, como França, Inglaterra e tantos outros, os ministérios proibiram a comercialização, distribuição e utilização desses pára-raios. No Brasil, o Conselho Nacional de Energia Nuclear também proibiu essa comercialização, no entanto, provavelmente inspirado pelo princípio da economicidade, não obrigou a substituir os equipamentos já instalados, até porque estavam recentemente instalados. Mas, passados 10 anos, não há nenhum argumento que justifique a manutenção desses equipamentos. Este Projeto é muito simples, porque procura adequar a legislação municipal a uma norma do Conselho Nacional de Energia Nuclear e obriga, em um prazo de 720 dias, um prazo longo, a substituição de todos os pára-raios radioativos existentes na Cidade de Porto Alegre, que, segundo estimativas, são cerca de 1.500. Lembrem que há três meses, quando estudava a legislação para entrar com este Projeto, um catador de papel em Pelotas manuseava um pára-raios desses, descartado de forma indevida em um lixão e se expunha à radiação que esse tipo de elemento impõe às pessoas que o manuseiam de forma inadequada. Sem uma legislação que regulamente a substituição desses pára-raios e o seu descarte, eles são jogados no lixo comum, expondo não só os garis, mas todas as pessoas, assim como o meio-ambiente, a riscos.

Solicito o apoio de todos os Vereadores para que possamos aprovar este Projeto. Porto Alegre, neste caso, não será vanguarda, porque na Cidade de São Paulo, muito maior do que Porto Alegre, e naturalmente com situações como esta, já houve um decreto, alguns anos atrás, que também proibiu e obrigou a substituição desses pára raios.

Muitos podem pensar que isso vai criar uma situação de "deseconomia". Os condomínios e as casas vão ter que gastar muitos recursos. É verdade que isso não é feito de forma gratuita. No entanto, quando coloquei 720 dias, foi exatamente com o objetivo de permitir um espaço de tempo suficientemente largo, que não deixasse as coisas para as calendas gregas, para que os condomínios se preparassem para isso, pegando uma taxa de um real, cinqüenta centavos por mês de cada condômino, para permitir a substituição desses equipamentos. Setecentos e vinte dias parece um tempo adequado. Acho que o DMLU, assim como os outros departamentos afins, deverão preparar-se para isso, tanto quanto as empresas privadas poderão estabelecer depósitos apropriados para que possamos acumular um número determinado e, depois, ser levado ao Rio de Janeiro, porque, como todos sabem, só no Rio de Janeiro é permitido o depósito de materiais radioativos. Peço a aprovação deste Projeto. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Carlos Garcia): Em votação o Projeto de Lei do Legislativo nº 153/97. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, por unanimidade.

Em votação a Emenda nº 1. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito, com a vênia dos demais Vereadores, já que o Ver. Elói Guimarães conseguiu concluir em tempo hábil o Parecer do Projeto PASEP e como havia acordo das Lideranças para votarmos na reunião conjunta das Comissões, que V. Exa. encerre agora a Ordem do Dia para que reunamos as Comissões .

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn): Vereador, dentro da Ordem do Dia, ainda há Requerimentos, após, convidaremos o Presidente da Comissão de Justiça, para que reuna as Comissões.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Fernando Záchia, para renovação de votação do PLCL nº 024/97.

O Ver. Antonio Hohlfeldt requer votação nominal. (Após a chamada) REJEITADO por 13 votos SIM, 15 votos NÃO, o Requerimento de renovação de votação do PLCL nº 024/97,

Requerimento, de autoria do Ver. Gerson Almeida, solicitando renovação de votação para o PLL nº 04/95.

Votação nominal solicitada pelo Ver. Antonio Hohlfeldt. (Após a chamada.) APROVADO o Requerimento por 16 votos SIM, 13 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

 

(Por solicitação do Ver. João Dib, são relidos os votos dos Srs. Vereadores.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Nada mais havendo a tratar declaramos encerrados os trabalhos da presente Sessão e convocamos os Srs. Vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h04min.)

 

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